Monstros da alma
Não existe céu nem mar.
Só terra, poeira e barro
onde são esculpidos
os monstros da alma
que moldam sonhos.
Sonhos, poeira suspensa
nas nuvens da imaginação,
correm soltos...
Fazem-se, desfazem-se,
condensam-se e escorrem,
caem como chuva quente
sobre palavras estáticas.
Revigoradas, desatam a correr
fazendo versos,
de sonhos.
Sonhos de terra, barro.
Nada etéreo , nada azul
nada verde, nada salgado.
Versos com gosto de chão.
Sonhos assombrados por monstros.