Monstros da alma

Não existe céu nem mar.

Só terra, poeira e barro

onde são esculpidos

os monstros da alma

que moldam sonhos.

Sonhos, poeira suspensa

nas nuvens da imaginação,

correm soltos...

Fazem-se, desfazem-se,

condensam-se e escorrem,

caem como chuva quente

sobre palavras estáticas.

Revigoradas, desatam a correr

fazendo versos,

de sonhos.

Sonhos de terra, barro.

Nada etéreo , nada azul

nada verde, nada salgado.

Versos com gosto de chão.

Sonhos assombrados por monstros.

Aziul
Enviado por Aziul em 25/05/2015
Código do texto: T5254295
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