Poema mudo

Com a alma despida de beijos negados

entrego nos versos meus dias escuros

de trêmulos risos calados

deixei -me ser esse poema mudo.

Perdendo as minhas penas no vento

dentro da alma, sabor de despedida

E me calo nessa existência sentida

turvo mundo surdo de pranto.

Despida , peregrinam os sentimentos

por minhas trilhas, por labirintos

e sem medo, corro os riscos

que minha alma acredita, desafiar o tempo.

Nas tramas da noite, perdem o enredo do poema

letras entrelaçadas, na urgência dos minutos

costurando trovas, serenatas e cores

Eu me enviarei a ti, cheia de flores.

As horas são implacáveis no meu mar de ilusão

os sonhos inventados buscando explicação

viajante do tempo a velejar fantasias

mera aprendiz nas ondas bravias.

Exposta aos quatro ventos

dançando entre as estrelas

escuto pássaros cantando poemas

... de versos que eu ainda não escrevi

No pouso forçado dessa poesia.

vanda costa
Enviado por vanda costa em 24/05/2015
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