Poderosa
Garotinha que vem, descendo a ladeira,
Com passos suaves, mexendo as cadeiras,
Nariz empinado, em suave molejo,
Olhar atirado a se oferecer sem pejo.
Tira-me o sossego negando-me amor,
Em noite tão fria, negando-me calor,
Dona do mundo, atrevida, charmosa,
Indiferente, dolente, mulher poderosa.
Garotinha que chega, com cara de arteira,
Moleca, sapeca a brincar na banheira,
Seios empinados, transpirando desejo,
Beijados, sugados, em suaves arpejos.
Seu corpo tremente, palavras sem nexo,
Me chama e oferece o calor de seu sexo,
Ora dona de mim, lânguida, dengosa,
Agora a tudo diz sim, ao - “Pode, Rosa?”
Garotinha que fica aninhada a meu peito,
enroscada a meu corpo, no calor de meu leito,
Mulher madura e plena a me acolher ao regaço,
Fêmea saciada e serena a ocupar seu espaço.
Instantes de paz no torpor de depois e agora,
Se levanta e se veste, me beija e vai embora,
Com passos silentes, rebolando fogosa,
Deixando-me coberto com seu pó-de-rosa.
Garotinha que vem, descendo a ladeira,
Com passos suaves, mexendo as cadeiras,
Nariz empinado, em suave molejo,
Olhar atirado a se oferecer sem pejo.
Tira-me o sossego negando-me amor,
Em noite tão fria, negando-me calor,
Dona do mundo, atrevida, charmosa,
Indiferente, dolente, mulher poderosa.
Garotinha que chega, com cara de arteira,
Moleca, sapeca a brincar na banheira,
Seios empinados, transpirando desejo,
Beijados, sugados, em suaves arpejos.
Seu corpo tremente, palavras sem nexo,
Me chama e oferece o calor de seu sexo,
Ora dona de mim, lânguida, dengosa,
Agora a tudo diz sim, ao - “Pode, Rosa?”
Garotinha que fica aninhada a meu peito,
enroscada a meu corpo, no calor de meu leito,
Mulher madura e plena a me acolher ao regaço,
Fêmea saciada e serena a ocupar seu espaço.
Instantes de paz no torpor de depois e agora,
Se levanta e se veste, me beija e vai embora,
Com passos silentes, rebolando fogosa,
Deixando-me coberto com seu pó-de-rosa.