MOLEQUE DA RUA

Garoto frenético que brinca na rua,

Contido, na sua, atrás da ilusão,

Menino sapeca pregando sua peça

Envolvido no sonho buscando um irmão.

Moleque vivido perdido no tempo,

Não tem pensamento é só solidão,

Que mal lhe pergunte qual é o seu nome

Criado à deriva não tem nome não?

Um filho do vento jogado ao relento,

Luz sem firmamento da entrega sem dor,

Lembrança amarga do frio distante

Tão repugnante foi o que sobrou.

Castigo da sorte só ganha migalhas,

Dos aventurados vazios de amor,

Nas garras da sorte a espera da morte,

Não sonha,não busca nem no criador.

Qual é o seu nome maroto menino

Que vai sem destino na rua a vagar,

Indigesta batalha que só dá medalhas

Àqueles que compram, pois podem pagar.

Soletre o seu nome carente menino,

Que vaga sozinho,sem roupa e sem pão.

- Sou filho da vida da sorte esquecido,

- Sou fruto do acaso sequer sou Cristão !

CRS 13.06.07