Tudo quase Tudo

Tudo quase tudo

Tudo quase tudo

Finda, acaba, termina

Às vezes o começo

Está no meio da vida

E os dias amanhecem

Em paz

Tudo tem preço e sina

E sinos dobram e nos fascinam

E o resto é todo nosso mistério

O osso a carne mais fina

E os dias se desenham

Em ais

Tudo desacorda no fim

E seremos os últimos e os primeiros

O desejo nos deseja ainda mais

Quando o desespero se dissipa

E a vida brota dos vendavais

O amor tece seus fios em filhos

E os dias se pintam infinitos

Em cais

Tudo que posso sonho tranqüilo

O dado jogo nos leitos dos rios

A sorte nos lança pelos desvios

A saudade entorna os olhos vitrais

O som das palavras nos silencia

E os dias nos mostra todos os dias

Que somos vivos e mortais

Nada mais

Milton Oliveira

Maio/2015

milton antonios
Enviado por milton antonios em 22/05/2015
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