NÃO SE VÁ, CAPATAZ


Partindo sem comunicação tortura o ente.
Tudo ilusão nesse não se vá sem resposta.
É que existe amor na química entre ambos.
Não fosse isso, avisaria mesmo raivoso do
Que não gostou como sempre o fez sem falecer.

Faz dó, como se fosse vingança para satisfazer
Orgulho ferido de capataz fazendeiro em um
Agrado dizendo não se vá, mas é que felicidade se
Conquista sem rancor amargura resentimento.
Perdoa-se, releva vai a luta quando vale a pena.

É como um rude brâmane sem destino,
Lambendo a ferida aberta, mas sem jeito.
Fazendo sem amor o impossível pedindo
Esmola como mendigo gritando a porta
Da criatura iludida há tanto sem piedade.

Confiança perdida na ilusão de um amor
Caridade sem junção de corpos, tudo findo.
Ganhar ou perder de vez, pois se a saudade
Apertar jamais vai procurar é lei do capataz.
Então, não se vá implora mesmo arrogante.

Gente humilde aceita qualquer brinde ganho,
Gentilmente faz de conta no acreditar do ser.
Não se vá, pois sem algo permanecer, morre...
Esperteza do excluir bloquear demonstrando
Perfeito mandado nos demais sendo dono capataz.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 22/05/2015
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