Produto do meio

Os dedos das Bruxas de Amsterdã,

brincam de marionetes na paz da manhã,

os sonhos dos ateus de Guadalajara,

abraçam o Cristo da Guanabara.

Os fiéis de Jerusalém criticam os romanos,

mas ainda profanam o menino de Belém,

enquanto isso, outros meninos sobem,

as escadas intermináveis do Morro do Alemão.

O homem continua sendo inexoravelmente, o produto do meio.

22/05/15

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 22/05/2015
Reeditado em 07/05/2024
Código do texto: T5250645
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