Nada é perfeito
Nas entrelinhas da alma
Nos percalços da vida,
Me deleito caminhando com calma
Talvez lapsos, quem sabe memórias lidas?
Momentos guardados sob a neblina
Fazem meu peito cerrado
Mas não pra sempre através de colinas
Apenas um pouco mais tímido e calado.
E se você fosse meu amor?
Seria quem sabe a alvorada esverdeada?
Os fins de noite mais ternos e com sabor?
Meus dias de paz recheados?
Seriam as tais razões cruéis?
Que me fitam o olhar,
E se esvaem de forma pouco fiéis?
Quem sabe assim seria a realidade peculiar!
Invento e reinvento meu ego partido
Quando minh'alma a ti se desnuda
Tão nua,
Sou vendaval, dos versos em fervor embebidos!