O TEMPO NÃO PARA
O TEMPO NÃO PARA
Fernando Alberto Salinas Couto
Ó noite mais que perfeita,
com jantar à luz de velas,
ao som de música maneira,
como sonharia todo poeta.
Coberta por Lua e estrelas,
num casebre com lareira.
São minutos tão escassos
que eu só desejava parar,
pois estás em meus braços,
dormindo, meiga a sonhar.
Enquanto se apaga a brasa,
esse tempo, malvado, passa.
Ah, se eu pudesse contê-lo
ou controlar esta paixão
que, tão desvairado, revelo,
abrandaria o meu coração.
Não temeria o amanhecer
e o tempo poderia correr.
RJ – 17/05/15