SEMPRE MAIO

Antonieta Lopes

A grande inspiração me vem de maio,

Meu primeiro soneto escrevi

Aos quatorze anos, num singelo ensaio

Comecei a brindá-lo, desde aí.

Na morna indiferença jamais caio,

E o encanto das rimas não perdi,

Se preciso "água levo num balaio",

O dever a cumprir daqui, dalí.

E maio me ensinou a atravessar

Com rimas e empenho o pantanal

Das agressões injustas e do azar.

Cheguei velha, inteirinha afinal,

Aonde pretendi sempre chegar...

Honesta, sem fazer a ninguém mal.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 21/05/2015
Código do texto: T5249413
Classificação de conteúdo: seguro