MANHÃS DE ABRIL

Antonieta Lopes

Nada mais claro que as manhãs de abril,

Os tons são luminosos e suaves,

Mais parece um sorriso juvenil

O azul do céu sem manchas, sem entraves

Um odor magnífico e sutil

Vem dos bosques, gorjeiam alto as aves,

Murmúrios multiplicam-se por mil

Dos rios, mares, suas brancas naves

Esplendor que não fere a retina,

Ternura que afaga o coração,

Vontade de viver que desatina.

Ar calmo, apaziguante, sem paixão,

Um garoto brincando na esquina,

Sem medo de relâmpago e trovão.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 20/05/2015
Código do texto: T5248191
Classificação de conteúdo: seguro