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TÃO...TÃO DISTANTE
(QUEM SABE!)
(Sócrates Di Lima)

Como a Lua em sua magestade,
Quem sabe! Tão tão distante,
Como uma doce saudade,
De um olhar amante.

Quem sabe, tão distante e tão perto,
O amor ao longe e celeste,
Aos olhos, um mar deserto,
o coração que a saudade veste.


E como as águas que desembocam no mar,
Nos olhos a saudade jorra,
No peito um nó sem desatar,
Sufocando a alma, que de agonia forra.


Ah! Que a distância que os corpos separam,
não é a mesma que a alma aproxima,
Lá longe os olhos que não reparam,
Que aqui bem perto o coração estima.

E se hoje a saudade despenca em um desfiladeiro,
Como as àguas em véus de cachoeira,
Amanheço agarrado a um travesseiro,
Revivendo em sonho de uma quimera.

Então, levanto-me e olho pela janela do meu coração,
E o sangue fervendo em um calderão borbulhante.
Parece que quer ser arrancado pela mão,
Para desapegar da saudade d'alma, tão..tão distante.


 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/05/2015
Reeditado em 17/05/2015
Código do texto: T5244681
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