Mãe "Desnecessária"
MÃE “DESNECESSÁRIA”
Autor: Maurício Irineu
Desde a concepção
Foi grande o sofrimento
Teve a fase dos enjoos
Durante vários momentos
Desejos fora de hora
Que me recordo agora
E quase que não aguento.
Os meses foram passando
E o meu corpo reagia
A balança reclamava
Mas eu naquela euforia
Quem me via não pensava
Nem de longe imaginava
Que um dia eu fui esquia.
E, passados nove meses,
O grande dia chegou
Fui para a maternidade
Sem medo e sem temor
E após as últimas dores
Nascia, em meio às flores,
O fruto de um grande amor.
A luta continuou
Mas de forma diferente
Foi lindo amamentar
O meu “pinguinho de gente”
Vê-lo crescer tão saudável
De forma tão agradável
Cada dia mais contente.
Quinze anos se passaram
E hoje ele é adolescente
Mas, ao longo desses anos,
De forma bem coerente
Eu pude lhe ensinar
A cada dia se tornar
Um rapaz independente.
Se a mãe é das antigas
Ou mesmo uma mãe moderna
Falo com desenvoltura
E isto não me consterna:
Precisamos ensinar
Nossos filhos a andar
No mundo com as próprias pernas.
Muitos anos se passaram
E hoje ele é maior de idade
No mercado de trabalho
Tem muita prioridade
Já é bem conceituado
É um jovem dedicado
Pra sua pouca idade.
E, com muita emoção,
De quem já foi necessária
Sentindo o dever cumprido
Teço este comentário:
Fiz tudo com muito amor
E estou feliz porque sou
Uma MÃE “DESNECESSÁRIA”.