Como borboletas em revoadas

O meu existir é tão monótono

plantado num vaso sem flor...

num chão de zinco abrasivo

minha vida corre perigo.

Sou poetisa da dor

e meu corpo tem sede de amar

Trago um amor clandestino como refém!

O recompensa , meu Senhor,

sigiloso e faiscante,pague o resgate

adentra, sacudindo na boca da noite

para não quebrar essa poesia.

Me improvise o açoite

palavras sussurradas ao meu ouvido

com seu toque, faça maestria

dedilhando meu corpo, componha uma melodia

Que portas e janelas se abram para escutar

corpos flutuando como doces sons da sinfonia

feito vaga-lumes bailando no ar

delicadas estrelas em harmonia

dois corpos em sintonia

transbordando de prazer

na penumbra da noite

o gozo estridente abafado

Feito borboletas em revoada

fecunda meu jardim.

vanda costa
Enviado por vanda costa em 17/05/2015
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