O mundo soluça
Bela é a lua quieta
O mundo calou-se
Na chama da pedra
Que se partiu na epidemia
Envolto ao soluço humano
As farpas descritas
Calaram o espelho da voz
Que brilhava na noite
E ladeava a sombra
Contra o vento frio
O mundo parece arqueado
Colorido pelo semáforo vesgo
Que desvia o olhar cansado
Do passante que desfila
Na apreensão dos atos
Tudo quase nulo na condição
Onde o mundo soluça
Em meio às pedras
Rasgando o próprio peito
Como se rasga
A fibra humana
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