essa fome de existir

poesia que se come

que se bebe

que faz saciar instantes

com vigor

com fertilidade

dos sagrados dias

que se colorem

como os amanheceres

de cada tempo

de cada instante

desses agoras

que me cortam a alma

e fazem sangrar

meu hálito infinito

de existir

com fome

e com sede

de passarinho

sem ninho

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 16/05/2015
Código do texto: T5243566
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