EU!

Manufaturado, limitado, catastroficamente perdido.

A tudo esquecido,

Diz-se de todo esse conjunto de matéria fútil

Ao qual, na primeira pessoa do singular conjuga-se EU.

Quem sou EU? Ou quem é EU?...

No entanto todos nós “dizemo-nos” EU

Eles, logo se dizem EU.

Não existo, EU! Porque nada somos

A todos os rostos, em lugar algum estamos,

Teus olhos veem o que não se ver em suma

Na boca o sabor do desgosto, ao rosto ver-se

A vida às veias desse emaranhado de sentimento inútil

Existe ao gozo fugaz de sua existência fútil

E remete-nos ao marco zero de um solo fértil

Aonde se consuma em material fétido, a gosma plásmica,

Do que um dia fui.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 16/05/2015
Código do texto: T5243421
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.