Reencontro
Partiu deixando-me só,
Dias, noites, horas infinitas.
O céu comigo chorou cada minuto da minha dor.
Os dias escureceram, perderam o encanto.
Nem mesmo os pássaros cantaram ao meu redor.
Eu amava demais, eu amava como nunca deveria ter amado ninguém além de mim.
E agora que fugiu como seria?
Toda a noite em sonhos te via, sentado a se lamentar, reclamando algo que não quis fazer,
Vi os cortes, os recortes, os rabiscos, o lixo, as lágrimas, a fúria, a indiferença,
Vi muitas e nenhuma delas acalentaram sua alma.
Eu vi você se esforçar para não me imaginar...
Mas eu estava ali.
Sentada naquele cantinho no escuro, como criança travessa, olhando por detrás das cortinas.
Olhando meu amado, que me gritou ao bater a porta e sair, mas que agora estava ali tão menino pedindo por mim.
Adormecias embalado em lamurias e então ia e afagava seus cabelos cobria-te bem e sussurrava baixinho... Amo-te, seu..
Acordava triste, vivia triste, sofria calada forçando sorrisos vãos.
Um dia ela brigou comigo, estava cansada do meu orgulho, discutimos e ela foi falar contigo, não se bem ou mal, se cortês ou furiosa.
Sinceramente não me importa, porque quando ela voltou, sorriu e disse, trouxe o presente que precisas.
Era ele ali. Era o meu menino. Meu amado.
Eu quis correr e abraçá-lo, mas contive, ouviu tudo que precisava, falei as palavras certas dessa vez.
Ele abraçou-me e sussurrou... Amo-te minha...
Eu o apertei e jurei, não vai mais sair daqui.
Nunca mais, irás ficar longe dos meus abraços.