vapores da eternidade
flores e folhas
caídas ao chão
são poemas vivos
são pedaços de silêncios
com tintas que clareiam
esses momentos sedentos
de poesia, fértil como o ar,
doce como a lágrima,
quente como o orvalho,
viril como a água,
forte com a terra,
seminal como o fogo,
com cheiros que deixam cicatrizes
com texturas que são tatuagens
na tecitura dos desejos
crivados pelo cio do tempo
a evaporar a eternidade
de se viver poeticamente