vapores da eternidade

flores e folhas

caídas ao chão

são poemas vivos

são pedaços de silêncios

com tintas que clareiam

esses momentos sedentos

de poesia, fértil como o ar,

doce como a lágrima,

quente como o orvalho,

viril como a água,

forte com a terra,

seminal como o fogo,

com cheiros que deixam cicatrizes

com texturas que são tatuagens

na tecitura dos desejos

crivados pelo cio do tempo

a evaporar a eternidade

de se viver poeticamente

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 13/05/2015
Reeditado em 14/05/2015
Código do texto: T5240919
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