ardores

a dor que gira

e roda como catavento

que inunda e afoga

horizontes sem sorte

sem sementes

e sem nortes

dor que parte

corta rompe

arde queima

soterra solapa

dor da dor

das dores em cores

que urram rumores

sedentos pelo tempo curto

à míngua

às vésperas

aos desertos certos

de dissabores

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 13/05/2015
Código do texto: T5240912
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