Da Dúvida

Há um doce vazio, que é quase de tristeza...

sopro de vento frio sobre o casaco quente...

leve arrepio na pele da delicadeza

que quem sempre sentiu, agora soube que sente.

Há o que havia, e num haver com clareza,

pois a alegria se acendia na mente

mas essa não via...não a queria acesa;

decerto temia um sorriso diferente.

Há o sim ou não; e a dúvida seduz

o que, no coração, carece ser seduzido;

o que vem sem razão...o que traz todo sentido

feito um vulcão de paz...um abismo de luz;

há o que nada faz...há o que tudo produz...

há e, aliás, sempre houve sem ter havido.

11-05-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 13/05/2015
Reeditado em 11/12/2015
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