Exílio
Estou vagando num rumo incerto,
posto que fui exilado
do lado esquerdo do seu peito.
Que delito teria eu cometido
para estar agora aflito
para achar novo habitat.
Que lei descabida me intima
a procurar outro lar?
Sou um Ser abandonado,
sem pátria, sem nação.
Sou um naufrago errante,
nesse mar incontrolável,
sem chance de salvação.
Sigo na correnteza
e não me larga a certeza
de não ter com quem contar.
Agarro-me a esperanças flutuantes,
olho em volto no horizonte,
e só vejo nuvens negras,
um vento traiçoeiro e ondas a me levar.
Vou tentar sobreviver,
encontrar novo lugar
e este será minha nova pátria
sem a qual não sei viver
pois preciso de alguém
para amar até morrer.