Exílio

Estou vagando num rumo incerto,

posto que fui exilado

do lado esquerdo do seu peito.

Que delito teria eu cometido

para estar agora aflito

para achar novo habitat.

Que lei descabida me intima

a procurar outro lar?

Sou um Ser abandonado,

sem pátria, sem nação.

Sou um naufrago errante,

nesse mar incontrolável,

sem chance de salvação.

Sigo na correnteza

e não me larga a certeza

de não ter com quem contar.

Agarro-me a esperanças flutuantes,

olho em volto no horizonte,

e só vejo nuvens negras,

um vento traiçoeiro e ondas a me levar.

Vou tentar sobreviver,

encontrar novo lugar

e este será minha nova pátria

sem a qual não sei viver

pois preciso de alguém

para amar até morrer.

Leir Rodrigues
Enviado por Leir Rodrigues em 12/05/2015
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