florescência
Quebrem meus ossos
e eu vou tilintar
melodias em copos de prata,
flores em dança de silêncios,
luzes, ecos, ventos,
gemidos de mulher enluarada.
Quebrem meus olhos
e eu vou lacrimejar
poços de lava
onde todos poderão mergulhar
pra lustrar ou purificar
as falhas, as pressas, as travas.
Quebrem minha fala
que eu vou cantar
terras de palavras
decorando mares
espalhando ondas,
ateando fogo.