O Apelo

Quem sois vós, que escuta minha voz,

Quem é você, que não se cansa de me ver,

Que deseja querer ter de um rapaz tão atroz,

Que se esquece da prece e permanece a sofrer.

Pois você não perece e cresce na aurora,

Onde tenta agora ser minha sedutora,

Despejando de sua boca as palavras mais animadoras,

Esperando o brando do conto que lhe devora.

Maravilhosa Garota, o nosso amor é de mel,

E seus olhos cor de céu, apagam-se dentro do meu corcel,

Lamentando não ter o véu do prêmio Nobel,

Apelando, gritando e amando o santo do anel.

Feito do perfeito sonho medonho,

Atacando-me com esse lero-lero que não tolero,

desiste triste e permite o que exponho,

Amando, beijando, cantando e dançando bolero.

Alberto Silveira
Enviado por Alberto Silveira em 11/05/2015
Reeditado em 15/12/2017
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