O Apelo
Quem sois vós, que escuta minha voz,
Quem é você, que não se cansa de me ver,
Que deseja querer ter de um rapaz tão atroz,
Que se esquece da prece e permanece a sofrer.
Pois você não perece e cresce na aurora,
Onde tenta agora ser minha sedutora,
Despejando de sua boca as palavras mais animadoras,
Esperando o brando do conto que lhe devora.
Maravilhosa Garota, o nosso amor é de mel,
E seus olhos cor de céu, apagam-se dentro do meu corcel,
Lamentando não ter o véu do prêmio Nobel,
Apelando, gritando e amando o santo do anel.
Feito do perfeito sonho medonho,
Atacando-me com esse lero-lero que não tolero,
desiste triste e permite o que exponho,
Amando, beijando, cantando e dançando bolero.