Olá poetas mortos
Olá, poetas mortos
De vocês
Ouço ao longe
O ranger
Dos esqueletos!
Ah! E pensar
Que bebi
Destes sonetos
Em copos cheios,
Que deitei
Nestas glosas
Tão luminosas,
Até pensei
Que poesia
Era a expressão
Do desejo!
Olá, poetas mortos
Quais tão solenes
Reclamaram
Dessa vida
Os versos tortos.
Hoje,
Não usarei
Suas gravatas,
Não astearei
As navalhas,
Pois sei que
Esta fantasia
Apenas é
Bosquejo.
Um beijo!
;)