estrada orgástica
temos em comum
o mesmo lago
a mesmo abismo
que toda sorte
de coisa refletimos,
no entanto
a tua cidade
feita de casa sem
janela não conversa
como fala as coisas
que se comungam com
as bocas
e nem se entretém
com o olhar que
parte das coisas
que se sabe ser
não se abre
quando o rio de
cada gesto se
impõe a tua morada.
e a existência
de teu peso
não suporta o fio
fálico
das caminhadas