DILETO:

Saíste do calor do ventre

Ainda sem folego, frágil, Respiraste a vida

Durante tua presença em nosso convívio

Sempre estivesse ausente em teus gestos e atos

Como se num prenuncio de uma saudade infinda

Seu sorriso raso, e olhar profundo,

Revelava quase nada de teu espirito homem

Responsável, desnudo da vaidade humana,

Tiveste sim, uma infância esquálida e sem brilho,

Recordo-me ainda teu olhar distante

E aqui estou sozinho e posso sentir teu cheiro

Lembro-me daquela tarde fria

Não havia sol e meu coração em lagrimas

Ao ver teu corpo ali inerte

Franzino embebido em um frigido suor,

Teu coração fenecido

Sobre o ventre de tua amada

Levaste-nos a vida.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 10/05/2015
Código do texto: T5236776
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