PÉS DE PAVÃO
Não tenho dono!
Ainda mais, se dividido…
Não quero perder o sono,
Nem quero meu coração partido.
Fechei-o para ti... Não entrarás!
E, a mim, jamais terás!
Antes de amar alguém,
Eu amo a mim mesma, meu bem!
Não aceito sobras nem restos...
O que é meu, não dou, nem empresto.
Mas tu acharás alguém, decerto,
Que te aceitará como és.
Tem gente que, do pavão, vê só as penas,
Não atentando para os pés.