Bêbado
Enfio minha poesia
dentro da tua cabeça
que é pra que tu não me esqueça
e para que não te sintas vazia
Faço de mim, o que for preciso
faço amor com teus receios
devoro a carne dos teus seios
e me embriago do teu sorriso
Faço guerra à própria razão
e nego tudo o que me era certeza
tiro força da minha fraqueza
e destilo versos de nossa paixão
Sou assim, só mais um bêbado
um poeta marginal e suburbano
um mangueboy pernambucano
completamente apaixonado