O Senhor dos Destinos Humanos
Belo é o negrume do olhar de meu amado.
Ele que anda pelas gélidas planíceis de Benetnashine,
Que colhe a acidez simbólica dos dias felizes,
Sobe no pégasus alado,
Navega no mar dos corações perdidos.
Agora, vem ele de seu castelo de areia.
Com que ânsia ele adormece o dia!
Com que alegria descortina a manhã!
Colhendo os frutos secos, posso me morrer de amores.
Mas antes resisto as flechas
Dos diabólicos anjos vindo do céu.
Querem me aprisionar na gruta das angústias:
Meu amado não me deixará partir...
Ele guerreia
Ao lado dos cavaleiros do exército dos dragões mortos.
Conhece de todos os caminhos,
O da vida, o dos mortos e o dos imortais Elfos Soldados.
Com sua força oculta, meu amado
Beija-me os lábios com o calor de mil cometas ardentes.
E de paixão, reinvento a vida,
Criando nas frases impronunciáveis do vento
Uma marca de amor eterno.
Meu amado é o Senhor dos Destinos Humanos.
E não me poderia ser diferente,
Pois seu braço alcança os firmamentos infinitos,
Seu negro olhar faz tremer os vales.
O Senhor dos Destinos Humanos me aceita para si.
E nisso sinto a explosão diária das almas mortas,
A escuridão que devora o sol
E a treva que me elege Dono dos vivos.