Rio Branco com Almirante Barroso, de manhã cedo
Obscuro meu caminho até cá
Curvas ruído e escuridão
Emergido por pata de cão
Embevecido de sono e chá
Fótons solares não tocam esse chão
Almas e sombras: é só que há
O cheiro de urina nos afasta o ar
Semi-humanos te imploram pão
No passeio, vendem-se fatos
Todos os olham sem comprar
E com eles, gritam-se desacatos
Procuram-se, todos, se achar
Empurrando pedras pelos sapatos
Esperando, mesmo, o dia acabar.