Virgem, puta donzela
Ando por entre o tempo
Num passado inexistente,
Qual teu sorriso para o tempo.
Que nunca parou.
Tempo em que toda felicidade
Estará no nada... no sol...
No assistir vidas artificiais
Numa caixinha mágica
Onde nada é impossível.
Nada faz sentido.
Perdido fora meu tempo.
“E agora José?”
Tudo que você faz
É sonhar, um sonho forjado,
Do aço da ilusão,
Polido, naquele lençol subterrâneo,
Das lagrimas nunca choradas. Na morte
sintética.
JOSÉ E AGORA?
O fim me absorve,
Eu que nem foi,
que transei e não gozei,
amores não amei, tampouco
guardei segredos a sete chaves.
Não é agora José!
Não irei sem viver
a plena cidadania.
Sem comer dos frutos,
beber toda impureza, prazerosa,
d’uma vida estéreo, José!
Que eu não vá!!
cá é belo,
O seio da donzela é poético.
O amor, ah! O amor e sinistro.
Eu não vou.
Ficarei cá, donde dores vêm com
as ondas de desejo na donzela,
não mais donzela, agora puta!
doutora da vida.
José não me leve.
A puta da vida gosta de me.
a meretriz leva-me por caminhos sóbrios,
entre suas coxas o orvalho sempre excita-me
a nunca deixa-la.
Hoje puta, amanhã não sei.
Ainda sim ficarei cá,
com a puta, Com a virgem,
enamorando a lua de prata ou
latão. Zé!
Venha para cá,
a virgem tem beijo carinhoso
qual nunca perde o gosto.
morde-a o regaço, fazei-a puta,
cheia de censura, jamais esconde as vergonhas.
O sexo bom é amar, a vida,
a puta, a virgem.
Vem Zé, vem amar, deixai
a sepultura para lá.
dai corno na juíza fria
dos seios caídos.
Ela não sabe beijar.
Não tenhas presa, a puta
é sempre virgem p’ra quem sabe amar.
Eu ficarei cá para sempre, onde a brisa faz música,
a valsa da despedida não se tocar, não carece.
A donzela goza como puta,
te excita e te chama: vem me ama nua,
vem sentir meu perfume, fragrância da vida.
vindo com as nuvens que afagam o corpo.
qual nunca foi criança, que não morrerá.
José, se acaso não vens
me deixe com a donzela, na cama (no chão ou mato)
cheia de vida, escorrendo o orvalho de suas entranhas.
Com vós mansa hipnotiza este virgem, no bordel.
Puta cheia de chagas, lambuzo-me sem medo da morte que não goza. Não ama.
Só chama, sem promessas à seios fartos. Jamais Zé, trocarei minha puta dos sonhos.
Vou eu apreciar a mulata que não esconde as vergonhas.
Quer donzela, quer puta, quer virgem, não importa! Minhas vergonhas ela guarda em si.
Zé, nunca da vida tu me separaras.
HEBERSON DOS SANTOS MARIHO.