O VENTO DO TEMPO:
Havia ao fundo do meu quintal
Um lago de águas brandas e cintilante
Aonde nos meus sonhos de infante
Sob as plumas das aves de cristal
Erguiam-se meus castelos de ilusões
Que hoje são choupanas sem alento
Fazendo-me viajar de volta ao tempo
E ninar com mamãe suas canções
Hoje o palor de suas águas me ofusca
Tuas plumas ao infinito se perfaz
Seu cristal a beleza lhe refuta
Contudo, meu coração ao seu ausculta
O meu sonho de rever-lhe se refaz
Ao lembrar-te em meus primeiros madrigais.