Rio de palavras
Velhos caminhos
Cansados,
O sol
Empresta
Seu brilho
Quente
Às paisagens
Do cotidiano
Morto!
Palavras
Pulam
Das mesas
Dos bares
E abraçam
Tudo que
Existe
Parede,
Chão,
Olhos,
Respiração,
Sorrisos,
Mesas,
O rio
E mesmo
Não sendo
Janeiro
Colho
A rosa-ideia,
O narciso-tempo,
E planto
A semente-alegria
No coração-jardim
Tudo enquanto
Ternos sem
Ternura,
Abafam
E abrigam
Ganâncias
E paixões
Sem fim.