transpiro
respiro
esse ar com fumaça
que o limite ultrapassa
e não me deixa pensar
expiro
esse ar de pirraça
onde a vida fracassa
e não me deixa sonhar
transpiro
o suor da cachaça
neste corpo sem raça
que não me deixa falar
conspiro
contra a vida, desgraça,
onde tudo ameaça
a não ser concordar
inspiro
um poema sem graça
que parece fumaça
e que some no ar
EG