Medo
Quando vem, de pronto, nos sufoca
Traz consigo profundos receios
Cai a alma em triste barroca
Esquecemos de nossos anseios
Às vezes a noite sem avisar
Machuca fundo, parte a alma
Às vezes de dia, com triste pesar
Nada abranda e nem acalma
Que coisa maldita, dói no peito
Ou bendita, é nosso defeito
Se não reagir a tal torpedo
Dói a alma, caído no leito
Triste sentir, nego e rejeito
Algoz insensível, esse medo