Poeminha

Dedico este poeminha

A uma mulher bem simples

Nascida nos cafundós do judas

Nos arredores das noites sem fim

Menina, fugiu com o cigano

Depois, se amigou com o toureiro

Mulher de centena de homens

E muito pouca plateia

Que um dia era Madalena

Outro, fugaz Odalisca

E dançava uma dança graciosa

Pra beijar os pés do Sultão

Louvado seja esta prostituta

Mãe santa e misericordiosa

Deu dois filhos para a guerra

Outra, para ser chamada Rosa

Toda mulher merece um poema

Pois, toda mulher é tecida de lágrimas

Deve ser cultivada com risos

E muitas celebrações .