A barca do inferno
Para qualquer lado que se olha
No navegar da realidade
A barca que me guia, um dia
Me ofertou felicidade
Mas a barca é de rumo incerto
Dependente das ventanias
E quando chove, mais um dia
Ela transborda no mar deserto
Barca e tespestade, amor sem igual
A cada rajada e balançar, a vida!
Nesse inferno onde tudo é normal
E onde o vivo já venceu a guerra perdida
Sim, são os outros, o pior do infernos
Dizia o poeta, seu sábio discurso eterno
Imutável, entre os saberes mais calados
O sofrer da alma, antes nunca imaginado.
Barca cheia de mentirosos e trapaceiros
Barca de invejosos, e tantos seres odiosos
Barca dos iludidos e seus oportunistas
Barca da prisão da existência materialista