AO ADVOGADO DO DIABO:
Falaste com certeza e toda calma
Que carniça como diz deveras sou
É certo, que tua insana alma
A cobiça para sempre arrebatou
E o sangue derramado do indefeso
Que Tua mão infeliz profana e podre
Sua vida ceifou sem sentir medo
Açoda-se à tua ciência malfadada e torpe
E enquanto certamente eu durmo
Numa sã e límpida consciência
Teu ímpio coração fenece turvo
E o odor de tua inconsciência
Essa carniça enferma, ofusca
No palor de uma febril sentença.