AO ADVOGADO DO DIABO:

Falaste com certeza e toda calma

Que carniça como diz deveras sou

É certo, que tua insana alma

A cobiça para sempre arrebatou

E o sangue derramado do indefeso

Que Tua mão infeliz profana e podre

Sua vida ceifou sem sentir medo

Açoda-se à tua ciência malfadada e torpe

E enquanto certamente eu durmo

Numa sã e límpida consciência

Teu ímpio coração fenece turvo

E o odor de tua inconsciência

Essa carniça enferma, ofusca

No palor de uma febril sentença.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 05/05/2015
Reeditado em 05/05/2015
Código do texto: T5231103
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