A FÉ NÃO COSTUMA FALHAR
O carmim a cortar o orbe
Cor de anil
Abre fendas no chão ressequido
Num prenúncio de bom presságio.
E os filhos do verbo
Todos em um só coro
Trovam
Ao arar o solo, num gesto de afugentar
A ave que reluz mal agouro
Nos ares e lares do meu sertão hostil
E num ímpeto de alegria e emoção,
Curvam-se ante a Rosa de Saron
Em agradecimento ao que nunca, nunca,
Deixaram de acreditar.
A fé, tão peculiar do caboclo sertanejo.