A FÉ NÃO COSTUMA FALHAR

O carmim a cortar o orbe

Cor de anil

Abre fendas no chão ressequido

Num prenúncio de bom presságio.

E os filhos do verbo

Todos em um só coro

Trovam

Ao arar o solo, num gesto de afugentar

A ave que reluz mal agouro

Nos ares e lares do meu sertão hostil

E num ímpeto de alegria e emoção,

Curvam-se ante a Rosa de Saron

Em agradecimento ao que nunca, nunca,

Deixaram de acreditar.

A fé, tão peculiar do caboclo sertanejo.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 05/05/2015
Reeditado em 05/05/2015
Código do texto: T5231095
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