A conta eu perdi

De quantas vezes descrevi este amor

Em diversas cores,

Nas pétalas de alguma flor,

Nos arrepios e nas dores,

Nos arroubos de minhas poesias...

Não sei se não vou mais escrevê-las,

Minha alma, às vezes, fica muda

Tentando gritar meu desencanto,

Mais aperta esse nó na garganta...

No céu já não há estrelas

O olhar, sem sol, não mais brilha...

Talvez minha verve ainda reviva

Quando, no horizonte, se acender mais uma luz

E o amor que, platônico, resignou-se

Reaja e, novamente, me inspire

Então escreverei minhas linhas infinitas

Em rimas ou prosas, que meu amor traduz,

Plantando um novo jardim

Pois poesia não tem fim