E O OUTONO CADÊ?

Calor, abafado, previsão de chuva. Talvez chova de madrugada.

Sou sim uma das tantas criaturas que sofre sob a pressão do tempo!

Ando lenta, cansada quase desanimo. Olho para céu e digo: “preciso que chova”.

A noite suspirou um vento que invadiu o quarto pela fresta da janela.

Acordou a persiana que impaciente dançava a cada rajada da forte brisa.

É o outono chegando finalmente barulhando em chuvarada.

Outono é assim, chega de um profundo suspiro do ano

E de repente espirra chuva em ventania na vidraça!

Traz lembranças, acorda sentimentos e saudades

Que lentamente sopram vida em mim.

Saudades de quebrar as ruas da capital

Fazer caminhos envoltos em cachecol

E deixar que o vento de outono

Pegue-me de surpresa em cada esquina.

Fui logo ali à confeitaria

Compraz-me sorvete de creme com carolinas.

Lanço em segredo à chuva fina meu desejo:

Sinto-te, mas não te vejo passar.

Vento de Outono
Enviado por Vento de Outono em 04/05/2015
Reeditado em 08/05/2015
Código do texto: T5230413
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