Do Sopro

Por um instante, a voz (que a muito não ouvia)

calou o meu vento feroz...me fez ficar atento;

por um momento a sós, eu e a melancolia

deixamos falar por nós a voz do contentamento.

Nas janelas da mente, onde o vento doía

no aflito e pungente sopro do pensamento

veio soprar, de repente, meio à ventania

a paz que sopra, somente, um pacífico vento.

Soprou do coração...e era brisa de ternura...

voz da intuição rompendo a mental represa

na doce inundação de paz...de delicadeza

por um momento fugaz de amor e de loucura

que o pensamento desfaz...que na mente não dura

pois a razão é o gás : queima a voz da tristeza!

03-05-2015

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 04/05/2015
Reeditado em 11/12/2015
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