Do Sopro
Por um instante, a voz (que a muito não ouvia)
calou o meu vento feroz...me fez ficar atento;
por um momento a sós, eu e a melancolia
deixamos falar por nós a voz do contentamento.
Nas janelas da mente, onde o vento doía
no aflito e pungente sopro do pensamento
veio soprar, de repente, meio à ventania
a paz que sopra, somente, um pacífico vento.
Soprou do coração...e era brisa de ternura...
voz da intuição rompendo a mental represa
na doce inundação de paz...de delicadeza
por um momento fugaz de amor e de loucura
que o pensamento desfaz...que na mente não dura
pois a razão é o gás : queima a voz da tristeza!
03-05-2015