As Mães Nunca Morrem
Não,
As Mães nunca morrem!
Mãe é Luz acesa
Na imensa escuridão da noite,
É vida primeira
Na nossa vida,
Bandeira de Amor hasteada
Em todos os palcos, prantos e sorrisos
De nós.
Mãe,
É pele primeira, é sangue, é cordão umbilical
É grito de dor e alegria maior,
Sublimação das esferas,
Deusa de todas as quimeras!
Mãe,
Poderá ser primeira e derradeira palavra.
É fragata em alto mar,
Sobrevivente,
A todas as preces.
Ainda que se despedindo
Em seu último fõlego,
Mãe não parte!
As Mães nunca morrem!
Sempre no Inverno, na Primavera, no Verão e no Outono
Elas estarão acolhendo seus filhos pela mão
Plantando flores diversas em seus peitos,
Sussurrando sábios conselhos
Na voz da maresia,
Em cada gaivota que passa.
Mãe,
É, e será sempre teu cais de silêncio
Tuas mãos entrelaçadas na berma da Ternura
Desafiando o Tempo.
Elas ficam do outro lado,
Fiando memórias,
Tecendo a eternidade,
Aguardando-nos.
© Célia Moura – (A publicar)