METAMORFOSE METAFÓRICA:

Abrem-se as portas no colorir da noite.

Todos os corpos se entrelaçam na frieza mórbida

Da noite fêmea

Que se embriaga na gosma plásmica

Da vida efêmera

Os moribundos bem apresentados

Armam lindas tendas.

Rasgam-se as cortinas no apagar das luzes

Os amantes adentram os corpos de suas “querubinas”

Que se arregalam nas vertigens

Da metáfora humana

E se embriagam nas sombras prateadas

Que à janela adentra.

Eles também caem de seus “palanques multicoloridos”

E se misturam às meretrizes

Quão ajoelhadas

Prostram-se ao solo para seus amantes

Pisotear seus corpos.

Fecham-se as portas ao clarear do dia

As cortinas caem, no acender das luzes.

A ribalta é posta pelas meretrizes para um novo dia.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 03/05/2015
Código do texto: T5228684
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