METAMORFOSE METAFÓRICA:
Abrem-se as portas no colorir da noite.
Todos os corpos se entrelaçam na frieza mórbida
Da noite fêmea
Que se embriaga na gosma plásmica
Da vida efêmera
Os moribundos bem apresentados
Armam lindas tendas.
Rasgam-se as cortinas no apagar das luzes
Os amantes adentram os corpos de suas “querubinas”
Que se arregalam nas vertigens
Da metáfora humana
E se embriagam nas sombras prateadas
Que à janela adentra.
Eles também caem de seus “palanques multicoloridos”
E se misturam às meretrizes
Quão ajoelhadas
Prostram-se ao solo para seus amantes
Pisotear seus corpos.
Fecham-se as portas ao clarear do dia
As cortinas caem, no acender das luzes.
A ribalta é posta pelas meretrizes para um novo dia.