CARNAVAL E CINZAS: A JOÃO MARCOLINO
A faca que fez a sola
Do piso de seu sapato
Deveras moldou a cola
Dos chifres de seu congado
Aparos se fez às caldas
Dos burros em seu reisado
Marcando por fim a palma
Das mãos desses condenados
Os bois a gumes criados
Na quarta em cinzas se perfaz
Adornando os cumes dos reisados
A espera de outros carnavais
Rei que à faca sua coroa faz
JOÃO, o MARCO-lino dos mortais.