O terroso sabor sepulcral
O terroso sabor sepulcral
Violentamente debate-se enraivecido
Mãos ulceradas, unhas ensanguentadas
Pele entre os dedos, roupas enlameadas
Sentidos pouco a pouco entorpecidos
Desperta então de sono infernal
Aprisionado em tumba maldita
Leva a boca as mãos aflitas
Sentindo o terroso sabor sepulcral
Ora! Em danação em círculo infernal
Padece consciente do vil pecado
Sente-se então corroído e mutilado
Vermes devorando com fome visceral
E até nos momentos de dor
Retumba Oh! Pecador orgulhoso
Bradando pragas mil, és presunçoso
Enquanto deleita-se em mares de horror
Eduardo Benetti