DE NOVO, O ESPELHO
Insistentemente
Ele se põe em minha frente
Tento aboli-lo dos meus versos
Mas ele sempre ressuscita
Na morte das inspirações
E no velório das rimas
É tudo o que há de novo
É tudo o que há, de novo
Mostra-me indagações
Para as quais talvez
Eu não queira respostas
Eu nunca sei se ele está
Gritando verdades doloridas,
Sussurrando ironias atrevidas
Ou bendizendo mentiras desejáveis
Talvez a voz dele
Seja o eco da minha voz
No vazio que há entre nós
Num duelo interminável
Defrontamo-nos:
Ele com imagens
Eu com imaginações
Ele com reflexos
Eu com reflexões
Algum de nós com aparências
Algum de nós com transparências
Do brilho dele contra a minha opacidade
Entre o ilusório e a realidade,
Entre o delírio e a sanidade,
Fantasiamo-nos de rei e plebeu
E eu decreto:
Morte ao espelho,
Que o rei, aqui, sou eu!
Insistentemente
Ele se põe em minha frente
Tento aboli-lo dos meus versos
Mas ele sempre ressuscita
Na morte das inspirações
E no velório das rimas
É tudo o que há de novo
É tudo o que há, de novo
Mostra-me indagações
Para as quais talvez
Eu não queira respostas
Eu nunca sei se ele está
Gritando verdades doloridas,
Sussurrando ironias atrevidas
Ou bendizendo mentiras desejáveis
Talvez a voz dele
Seja o eco da minha voz
No vazio que há entre nós
Num duelo interminável
Defrontamo-nos:
Ele com imagens
Eu com imaginações
Ele com reflexos
Eu com reflexões
Algum de nós com aparências
Algum de nós com transparências
Do brilho dele contra a minha opacidade
Entre o ilusório e a realidade,
Entre o delírio e a sanidade,
Fantasiamo-nos de rei e plebeu
E eu decreto:
Morte ao espelho,
Que o rei, aqui, sou eu!