A seca da alma

Não só o sertão se desfaz em seca

Há dias que a seca abate a alma

E toda sua extensão se esvazia

Nem mesmo o mar escorre nas faces

Até as ondas do pensamento deserta

Se torna em nada, estranho, desmedido

quão é estranha a fome...!

nos olhos desabitados... longes

sem versos, sem palavras

Ermo luar tão gélido, tão ausente

sangue esquálido, sem paixão

carência de abraços... amante

restou apenas o sibilo... da respiração

dessa alma silente

Jennifer Melânia
Enviado por Jennifer Melânia em 01/05/2015
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