Vivenda
A lenta lembrança sustenida
de um verso aberto... sangrando.
Meu ultimo suspiro é compor
sem medo de respirar... sagrado.
Deixei a chave sobre a cômoda
e não posso voltar... já estou longe.
Ao menos levei o lixo para fora.
Ainda lembro do soneto de Ben
que nem terminei de ler,ontem a noite.
Ando meio confuso e os meus e-mails
dizem para que eu me oriente
antes que perca todo o sangue
neste mundo que já foi meu.
Preciso aguar as plantas do quintal
e ler os últimos capítulos de Livro de cabeceira.
Alô!
Telefonista... me ligue com a Vivenda Verde.
Obrigado.
-Alô!
Vivenda verde,bom dia.
Bom dia,moça.
Benilton chegou?
-Sim,senhor.
Diga-lhe que,eu,Severino,estou chegando.
O trânsito está lento,ok?
-Ok,senhor.
Obrigado e tenha um bom dia.
-Bom dia.
Tchau.