Vivenda

A lenta lembrança sustenida

de um verso aberto... sangrando.

Meu ultimo suspiro é compor

sem medo de respirar... sagrado.

Deixei a chave sobre a cômoda

e não posso voltar... já estou longe.

Ao menos levei o lixo para fora.

Ainda lembro do soneto de Ben

que nem terminei de ler,ontem a noite.

Ando meio confuso e os meus e-mails

dizem para que eu me oriente

antes que perca todo o sangue

neste mundo que já foi meu.

Preciso aguar as plantas do quintal

e ler os últimos capítulos de Livro de cabeceira.

Alô!

Telefonista... me ligue com a Vivenda Verde.

Obrigado.

-Alô!

Vivenda verde,bom dia.

Bom dia,moça.

Benilton chegou?

-Sim,senhor.

Diga-lhe que,eu,Severino,estou chegando.

O trânsito está lento,ok?

-Ok,senhor.

Obrigado e tenha um bom dia.

-Bom dia.

Tchau.

Benilton
Enviado por Benilton em 01/05/2015
Reeditado em 09/08/2015
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